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27 de fevereiro de 2021
Associação Italiana
comemora ‘Semana
Nacional do Imigrante Italiano’
A Associação Italiana Vinhedense comemorou a ‘Semana Nacional do Imigrante Italiano’, que teve início no dia 21 de fevereiro, data em que se celebra o Dia Nacional do Imigrante Italiano. As manifestações ocorreram de forma virtual e através de doações, já que devido a Pandemia, grandes eventos e festas estão proibidos devido às restrições de higiene e aglomeração. “As comemorações do Dia Nacional do Imigrante Italiano (21 de Fevereiro) tiveram início no domingo com apresentações e conferências on line promovidas pelo Museu da Imigração em SP e Consulato Italiano. Na segunda-feira, fizemos a doação de caixas de luvas descartáveis de procedimento hospitalar para o Lar da Caridade, instituição que os italianos ajudaram a construir em VINHEDO. Logo após, instalamos o estandarte da Associação no Gabinete do vereador Nilton Braghetto, que é nosso diretor, e representante no legislativo. Também nomeamos, o presidente da Câmara, Rodrigo Paixão, como sócio honorário. Neste ano, devido à Pandemia, não pudemos fazer a tradicional festa. Na terça-feira e sexta-feira, participamos de bate papo on line sobre a imigração italiana no Brasil e seu efeito no desenvolvimento político e econômico no País, com outras Associações e ‘Circolos Italianos’”, contou Julliano Gasparini, presidente da Associação Italiana Vinhedense (AIVI).
A instalação do estandarte no gabinete do vereador Nilton do Foto Nelson (PTB), vice-presidente da Câmara e diretor da AIVI é uma tradição, quando um membro representativo da entidade toma posse no parlamento. Desta forma, a Itália ‘simbolicamente’ estará presente naquele local. A recepção, ocorrida na segunda-feira (22), foi feita pelo presidente da Câmara de VINHEDO, Rodrigo Paixão (PDT) e prestigiada pelos vereadores Rubens Nunes (PODE) e Val Souza (Republicanos).
Durante o evento, o presidente Rodrigo Paixão foi nomeado sócio honorário da Associação Italiana Vinhedense pelo presidente da AIVI, Julliano Gasparini.
“A comunidade italiana tem um papel importante no desenvolvimento da nossa cidade e, assim como outras que aqui chegaram, merece nosso respeito e gratidão”, ressaltou Rodrigo Paixão, na ocasião.
A escolha do dia 21 de fevereiro é uma homenagem à expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo, em 1874, a bordo do navio à vapor ‘Sofia’. Este evento ficou marcado como o inicio do processo de migração em massa dos italianos para o Brasil.
A lei nº 11.687, que institui esta homenagem é de 2 de junho de 2008. De acordo com dados do Consulado da Itália no Brasil, estima-se que atualmente existam aproximadamente 32 milhões de descendentes de italianos vivendo em terras brasileiras. “O Brasil é o maior país com raízes italianas em todo o mundo”, explicou Julliano Gasparini.
IMIGRANTES
O Brasil celebrou no domingo (21), o Dia do Imigrante Italiano, instituído em 2008 para homenagear o maior movimento migratório internacional da história do país.
Essa data foi escolhida para relembrar a chegada em Vitória (ES) do navio La Sofia, em 21 de fevereiro de 1874, dia que ficou marcado simbolicamente como o início do processo de migração em massa de italianos para o Brasil.
A chamada Expedição Tabacchi partiu do porto de Gênova e levou ao Espírito Santo italianos do Trentino, que, na época, pertencia ao Império Austro-Húngaro.
A Expedição Tabacchi, no entanto, deu início a um movimento constante e organizado de migração italiana para o Brasil. O navio La Sofia trouxe 386 pessoas, sendo que a maioria delas tinha passaporte austríaco, já que o Trentino só seria anexado pela Itália após a Primeira Guerra Mundial.
O organizador da expedição, Pietro Tabacchi, era um comerciante que havia falido nos anos 1850 e viajado ao Brasil para escapar dos credores. Segundo o historiador Renzo Maria Grosselli, especialista em movimentos migratórios italianos, Tabacchi tinha uma loja de secos e molhados em um povoado chamado Vera Cruz , mas também vendia madeira de jacarandá.
Em 1873, ele assinou um contrato com o governo central para levar ao Espírito Santo um grupo de camponeses italianos, que desembarcariam no Brasil em fevereiro de 1874, provavelmente no dia 21.
O empreendimento, no entanto, não prosperou, já que muitos italianos fugiram para colônias que pagavam mais do que Tabacchi. O comerciante ainda tentou entrar na Justiça, mas logo morreu de ataque cardíaco.
Muitos dos imigrantes iriam para Santa Teresa, reconhecida oficialmente em 2018, pelo então presidente Michel Temer, como “pioneira da imigração italiana no Brasil” – Santa Catarina também protesta contra essa decisão.
Com a Itália em crise em meados dos séculos 19 e 20, centenas de milhares de camponeses decidiram tentar a sorte nas lavouras do Sudeste e nas colônias do Sul. O resultado disso foi o maior movimento migratório internacional da história do Brasil, que hoje abriga milhões de ítalo-descendentes.
Entre 1887 e 1978, mais de 700 mil italianos passaram pela Hospedaria de Imigrantes do Brás, em São Paulo, que ficaria conhecida como ‘a maior cidade italiana fora da Itália’.
Atualmente, são 32 milhões de ítalo-brasileiros que descendem destes primeiros italianos que chegaram ao País.